Como
vocês todos já devem saber, sou um terapeuta, e como tal tenho contato diário
com muitas pessoas, inclusive e principalmente hoje, comigo mesmo.
Por que digo
isso?
Porque por muito tempo esse contato era bem restrito, quase nulo.
O que
quero dizer com isso?
Que a maioria das pessoas vive uma relação bem distante
da própria pessoa e não por vontade própria, mas muitas vezes, por não ter
aprendido a ter esse contato consigo mesmo.
Eu sou uma dessas
pessoas.
Quis o universo há um tempo (e eu aceitei), que eu tomasse conhecimento deste infinito terapêutico e isso me proporcionou rever, repensar, reagir e, portanto, viver de forma diferente da qual estava vivendo até então.
Quis o universo há um tempo (e eu aceitei), que eu tomasse conhecimento deste infinito terapêutico e isso me proporcionou rever, repensar, reagir e, portanto, viver de forma diferente da qual estava vivendo até então.
Quis que
eu tomasse contato com o estar presente, com o me perceber como um todo e não
só como um ser pensante.
Temos um corpo físico e isso me levou a refletir e
concluir que sentir deveria ser tão ou mais importante quanto pensar e, que
minhas experiências deveriam sair do campo metal e partir para o patamar
físico.
Desta forma, comecei a tomar contato com meu corpo físico e, aí sim,
tentar me sentir como um todo.
Descobri que só o pensar não me colocava em
ação. Havia a necessidade de sentir, e o sentir é que me daria a possibilidade
de entrar em ação em direção ao objetivo. E, finalmente, tive a certeza que só
entrando em ação alcançaria o êxtase da conquista, do crescimento, do ser um
ser melhor...
Porém, tudo isso tem um preço.
Porém, tudo isso tem um preço.
Junto desse contato com o corpo físico veio o
contato com meus medos, inseguranças, preocupações e, a partir de então, tive a
oportunidade de “conversar” mais com eles. Eles estavam ali e entendi que fugir
deles seria como fugir de mim mesmo.
Comecei a sentir que meus medos,
inseguranças e preocupações eram sinais, e como sinais, deveriam estar querendo
me mostrar algo.
Pus-me a tentar notá-los.
Por que tentar?
Porque, tenham
certeza que no começo não é tão simples notá-los.
Escrever e falar aos outros
sobre eles é bem mais simples. Dói bem menos.
Porque, acreditem... Dói.
Porém,
o prêmio existe e é surpreendentemente gratificante.
Hoje a nossa convivência é pacífica, não menos trabalhosa, mas muito significativa e especialmente importante.
Hoje a nossa convivência é pacífica, não menos trabalhosa, mas muito significativa e especialmente importante.
Através desse contato tive a certeza
do quanto nós somos grandes e importantes. Do quanto somos especiais dentro o
progresso individual e universal. De quanto somos importantes na construção do
nosso universo.
O medo?
O medo?
Bom, o medo me ensinou que eu não deveria ter medo. Não na proporção
que me impedisse de ser melhor. Porém, boa parte dos meus medos vinham da
cobrança exercida pelo meio, pelas pessoas e pelas crenças e paradigmas
pré-existentes, que estavam e estão o tempo todo a exigir que eu fosse e seja
sempre o melhor, não levando em consideração o ser em questão e o aprendizado
inerente a isso, e que se faz necessário para o aprimoramento.
Esquecemos, e
isso também deve ser levado em consideração, que para sermos melhores temos que
treinar, e que para treinar temos que correr o risco de mostrar que antes de
treinar não somos tão bons...
Cria-se um paradoxo, não?
O meu grande diferencial neste período de transição foi ouvir e, principalmente, acreditar numa frase que me foi apresentada.
O meu grande diferencial neste período de transição foi ouvir e, principalmente, acreditar numa frase que me foi apresentada.
Ela dizia o
seguinte:
“Você pode errar...”.
Junto com essa frase vieram várias e importantes
explicações, como:
“Não há erros apenas acertos. E o que você chama de erro,
pode se chamar de, por exemplo, aprendizado”.
E eu acreditei
nisso...
Comecei a ter a certeza de que para ganhar é preciso jogar, e que num jogo temos três possibilidades de resultado:
Comecei a ter a certeza de que para ganhar é preciso jogar, e que num jogo temos três possibilidades de resultado:
Ganhar, empatar ou perder.
E veja bem!
Perder faz parte do jogo! Foi isso que aprendi. Perder faz parte do jogo.
E
tive a grande descoberta:
Para eu ser melhor tenho que saber onde sou bom e,
principalmente, onde posso melhorar. E, eu só vou saber onde posso melhorar se
eu correr o risco de jogar...
E, talvez, perder...
Hoje tenho a certeza que sou melhor, muito melhor do que já fui quando eu já me
achava bom. E muito aquém do que posso ser antes de enfrentar meus próximos
desafios sem o medo de perder, ou com a certeza de ganhar sempre, mesmo que
esse ganhar venha disfarçado de derrota...
Tenham uma linda semana.
Tenham uma linda semana.
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