segunda-feira, 29 de junho de 2020

O mistério de Roseto

















Olá pessoa linda!
Iniciando a leitura de um livro hoje, deparei com uma história bem relevante, que resolvi resumir e compartilhar com vocês. Ficou longa mesmo resumida, mas vale a pena.

No final do século XIX, em uma pequena cidade do interior da Itália de nome Roseto, onde o trabalho era basicamente exercido nas pedreiras de mármore, chega uma notícia sobre oportunidades em outro continente do outro lado do oceano.
No início de 1882, um grupo de 11 moradores desta cidade imigra para Nova Iorque e se aventuram para o oeste até encontrarem trabalho numa pedreira de ardósia na Pensilvânia. No ano seguinte mais 15 pessoas de Roseto também imigram para a América e muitos deles se juntam aos que lá já estavam. Esses novos imigrantes enviam notícias a Roseto sobre as oportunidades. Por volta de 1894 mais de 1000 imigrantes já na Pensilvânia começam a comprar terrenos e construir suas casas, erguem uma igreja e batizam a sua nova cidade de Roseto, como na Itália.
Em 1986, um jovem sacerdote assumiu a igreja e, entre outras coisas, organizou festas e incentivou o povo a cultivar diversos tipos de plantações dando vida à cidade. Foram construídos escolas, parques, convento, etc. Um pequeno comércio começou a se formar na avenida principal e surgiram mais de 12 fábricas de blusas que abasteciam o comércio de roupas.
As cidades ao redor de Roseto eram formadas basicamente por imigrantes ingleses e alemães e como estes países na época não tinham uma boa relação entre si, Roseto abrigava exclusivamente a sua própria população, assumindo inclusive o seu dialeto falado na Roseto europeia. Então a Roseto americana criou o seu próprio mundo minúsculo e autossuficiente, praticamente desconhecida, e poderia continuar desconhecida se não fosse por uma pessoa: Stewart Wolf.
Dr. Stewart Wolf era médico especialista em estômago e digestão e lecionava na Faculdade de Medicina da Universidade de Oklahoma. Ele passava seus verões na Pensilvânia numa fazenda próxima de Roseto e, conta ele, que no final da década de 1950 ele estava por lá e foi convidado a dar uma palestra na sociedade médica local. Após a apresentação, conversando com um dos médicos presentes, este lhe falou:
“Pratico medicina há 17 anos. Recebo pacientes de toda a região, mas raramente recebo alguém de Roseto com menos de 65 anos que tenha doença cardíaca.”
Houve surpresa, pois naquela época nos Estados Unidos, antes dos remédios específicos serem descobertos, o infarto era a principal causa de morte entre homens com menos de 65 anos.
Dr. Wolf resolveu investigar. Com a ajuda de alunos e colegas da Universidade de Oklahoma, analisaram atestados de óbito, analisaram registros médicos, leram históricos e traçaram a genealogias das famílias. Convidaram a população inteira da cidade para exames de sangue e eletrocardiogramas.
Os resultados surpreenderam, pois em Roseto quase ninguém com menos de 55 anos tinha morrido de problemas cardíacos e nem mostravam sintomas de problemas no coração. Para os que tinham mais de 65 anos a taxa de mortalidade era por volta da metade apresentada nos Estados Unidos. E não era só isso, a taxa de mortalidade por todas as doenças também era menor, por volta de 30 a 35% do valor estimado.
Dr. Wolf então convidou um amigo, Dr. John Bruhn, sociólogo e eles convidaram estudantes de medicina e de sociologia para entrevistarem a população de Roseto. Foram de casa em casa e conversaram com todos com mais de 21 anos. Descobriram que não havia suicídios, alcoolismo e nem vícios em drogas. O número de crimes era mínimo. Ninguém dependia da previdência social.
Resolveram procurar casos de úlcera, também não havia. As pessoas em Roseto, na sua grande maioria, morriam de velhice.
Várias hipóteses foram levantadas:
1 - Os habitantes de Roseto traziam práticas alimentares da Itália que os faziam mais saudáveis que os americanos. Hipótese descartada ao perceberem que aquelas pessoas cozinhavam com banha de corpo. Combinavam massas com salsicha, salame, presunto, etc. Comiam doces todos os dias. E não tinham o hábito de praticarem exercícios.
Dr. Wolf pediu que nutricionistas analisassem os seus hábitos alimentares e constatou-se que 41% das calorias (percentual enorme) eram provenientes de gorduras. Muitos eram fumantes crônicos e tantos outros eram obesos.
2 - Se não era a dieta e nem os exercícios físicos, talvez estivesse na genética? Também não era.
3 – Talvez a região onde estivesse situada Roseto lhes trazia algum benefício. Ele então verificou outras duas cidades perto de Roseto, ambas com mais ou menos o mesmo tamanho e com a característica de serem também habitadas por trabalhadores imigrantes europeus. Analisou os registros médicos das duas cidades e constatou que a taxa de mortalidade para os homens acima de 65 anos eram por volta de três vezes maior que a de Roseto.
Dr. Wolf começou a desconfiar que o segredo estivesse na própria cidade de Roseto.
Ao caminhar pela cidade e conversarem com os seus moradores, Dr. Wolf e Dr. Bruhn foram descobrindo o segredo.
Eles observaram como as pessoas interagiam, paravam para conversar em italiano na rua, cozinhavam umas para as outras nos quintais. Os clãs familiares se mantinham sob a estrutura social do lugar. Eles viam casas com três gerações morando juntas e o respeito dedicado aos avós. Foram à igreja, assistiram a missa e verificaram o efeito unificador e calmante daquele ambiente. Contaram 22 organizações cívicas numa cidade de pouco menos de 2 mil habitantes. Havia um espírito igualitário e particular da comunidade que desestimulava os ricos a ostentar o sucesso e ajudava os malsucedidos a encobrir seus fracassos.
Aos trazerem a cultura dos camponeses do sul da Itália para Roseto, criaram uma estrutura social protetora capaz de isolá-la das pressões do mundo moderno.
Conta Dr. Bruhn:
“Ainda me lembro de quando fui a Roseto pela primeira vez, via três gerações fazendo as refeições juntas, reunidas em família, vias muitas padarias com pessoas subindo e descendo as ruas, sentando-se nas varandas para conversarem umas com as outras... Aquilo era mágico.”
Ao apresentarem esse resultado à comunidade médica, estes foram céticos e os resultados contestados. Colegas exibiam longas relações de dados dispostos em gráficos complexos para justificarem suas conclusões.
Mas, Dr. Wolf e Dr. Bruhn, estavam falando de outros resultados, eles falavam dos benefícios mágicos e misteriosos de parar para conversar com as pessoas nas ruas e dos efeitos positivos familiares de três gerações viverem sob o mesmo teto. Na época, o pensamento convencional para uma vida longa dependia em grande parte de nossos genes, da nossa alimentação, da prática de exercícios físicos e da eficácia do sistema médico. Não havia o costume de associar saúde à relação com a comunidade.
(Livro: Fora de série – Outliers – Malcoln Gladwell – Editora Sextante)

Achei bem pertinente essa história, mas ainda me sinto com a vontade de perguntar:
E hoje? Será que fazemos essa associação?

Na minha modesta opinião, estamos diante de um grande dilema ao direcionarmos a nossa vida para a correria da sociedade moderna, para os fast-foods, para fora do âmbito familiar, para longe do contatos com as pessoas mais próximas, para a busca do sucesso em tudo e, muitas vezes, a qualquer preço, mas ao mesmo tempo, buscando sermos saudáveis procurando a alimentação mais correta possível, buscando as esteiras das academias, fazendo exames e mais exames, etc. Não estou dizendo que tudo isso não seja importante, porém devemos também nos lembrar de agregar a tudo isso, talvez o que nos seja o mais importante, o que nos nutre não só o corpo, mas nos nutre principalmente a alma, que são as relações humanas, o contato com aqueles que amamos, as conversas ao redor da mesa de jantar, as conversas e risadas jogadas fora num encontro social, a visita aos avós ou aos mais idosos que nos proporciona o carinho afetuoso e o contato com a sua experiência de vida, o compartilhar sentimentos, o toque, o abraço, o olho no olho, o “dar e receber um colo”, enfim, uma quantidade imensa de tudo aquilo que só a inter-relação pessoal pode nos proporcionar.
Ah! E tem mais, tudo isso ainda ajuda a aumentar a nossa saúde e a nossa expectativa de vida.  
Convido-te a refletir sobre esse dilema...
(Evaldo Mazer)


sábado, 20 de junho de 2020

As emoções e a depressão

Olá ser especial!




















Olá pessoa linda!
Nos dias de hoje, principalmente neste atual momento de reclusão e de confinamento, é sabido o papel das emoções e dos pensamentos, e principalmente, dos sentimentos no que se refere à saúde e ao bem estar.
Vivemos a era do estresse.
Nunca isto esteve tão evidente.
Quem nunca sofreu disto agora corre um grande risco.
Breve, o estresse será o principal fator desencadeante de uma série de doenças. A busca por consultórios terapêuticos aumenta e, muitas pessoas que há poucos anos consideravam depressão como falta do que fazer, estão admitindo que sentem-se depressivas.
Tudo isso tem uma razão de ser.
O campo energético humano nunca foi tão agredido em tão pouco espaço de tempo.
O distanciamento da natureza e de suas leis, a desatenção quanto a alimentação que se serve de elementos pouco nutritivos, a maior exposição a meios poluentes, etc. (Esta lista é muito extensa, a ponto de levar à exaustão qualquer um).
Todos estes fatores e outros tantos não citados, desajustam os campos energéticos do ser humano (e de dos animais também), fazendo com que ele não consiga processar corretamente as energias que capta e desta forma, o repasse de energia ao físico fica comprometido e termina por adoecer este último.
De acordo com a física quântica, somos co-criadores do nosso mundo.
Como tudo na natureza, nosso corpo vibra, emite uma frequência de acordo com o que estamos sentindo, ou como ele se encontra.
Se nosso corpo se encontra triste, ele vibra numa frequência de tristeza, se ele está preocupado, vibra numa frequência de preocupação, e por outro lado, se ele está feliz, vibra numa frequência de felicidade, e assim por diante...
Agora, o mais importante:
ATRAÍMOS O QUE VIBRAMOS!
É uma lei da física...
Dá para entender agora onde entra a co-criação?
Fiquem espertos. Usem o "sapiens" do homo, ou seja, se de fato somos o homo sapiens, ou o "homem inteligente", é hora de utilizá-la.
Entenda! Se ficar triste atrairá a tristeza, e se ficar alegre atrairá a alegria...
Consegue escolher?
Afinal, ainda há dúvidas de que somos nós que construímos o nosso mundo?
(Evaldo Mazer)

Planejar e realizar

Olá pessoa linda! É muito comum termos ideias, sonhos e nos planejarmos para realizá-los,   e também é muito comum que tudo fique no plano d...