terça-feira, 29 de outubro de 2019

Sobre o relacionar-se
















Não são poucas as vezes que ouço questionamentos sobre relacionamentos. Sobre relacionar-se.
Precisamos entender de uma vez por todas que, nós seres humanos, somos seres sociáveis. Vivemos nos relacionando.
É parte de nossa essência relacionar-se, sociabilizar-se.
A preservação de nossa espécie depende disso.
Como todos seres humanos, temos nossas inúmeras qualidades e também temos os inúmeros pontos que necessitamos melhorar.
Não há ser humano sobre a face da terra que seja perfeito!
Não existem iluminados encarnados. Existem seres humanos que já cresceram muito, mas todos ainda tem o que melhorar.
Quando nos relacionamos, nos relacionamos com o todo de cada ser humano, com o seu melhor e com o que ainda não é tão melhor...
Não respeitar essa condição no outro é não nos respeitar. É querer que o outro seja o que nós, muitas vezes, não conseguimos ser.
Na minha opinião querer que o outro seja o que nós queremos que ele seja, que ele mude, e o que é pior, que ele mude no nosso tempo, é uma enorme violência. Uma atitude que mostra o nosso lado egoísta e prepotente.
Entender isso nos possibilita tirar de cima de nossos ombros o peso de um julgamento precoce, muitas vezes baseado, numa exigência que nós mesmos não conseguiríamos cumprir.
Além disso, nós seres humanos, somos tão lindos exatamente pela nossa complexidade, pelos nossos paradoxos, pelas nossas diversidades, pelos nossos antagonismos e pela nossa constante (e muitas vezes imperceptível aos sentidos pouco apurados) vontade de ser melhor, vontade de ser feliz.
Se queremos nos relacionar de forma plena, inteira, temos que aprender a receber o pacote completo.
Quem não lida bem com os espinhos, não irá compreender a beleza da rosa.
(Evaldo Mazer)

domingo, 20 de outubro de 2019

40 e tantos anos

E cá estou eu, de frente ao notebook, na internet .
Misturando gratidão com jovialidade e maturidade.
Afinal, as ondas vão e vem e, de repente, 57.
E na boa, pois na maioria, tempos de muita felicidade.

São momentos tantos, e tantos tão marcantes.
Trazem-me boas lágrimas e também largos sorrisos,
E embora ao lembrá-los já parecem tão distantes
Na minha memória ainda são muito vivos e precisos.

Vocês lembram dos finais de semana? das reuniões?
E dos nossos encontros ainda jovens e com a juventude?
Das músicas, polêmicas, pipocas, risadas, opiniões?
E do cansaço de quem viveu tudo em plenitude?

E os passeios? Alguns deles, belas enrascadas.
Camping, chuva, lama, bis, colchonetes a secar.
Lembra do shorts desmanchando? E das gargalhadas?
Da barraca, cachoeira e da natureza a nos cercar?

O tempo passou... Namoros e depois, os casamentos.
Os laços que já eram fortes, se firmaram muito mais.
Amigos, companheiros de jornada, comprometimento.
Amigos viraram padrinhos, amigos viraram casais.

O tempo passou mais um pouquinho, não demorou.
Vocês se tornaram papais, e nós titios por tabela.
Um certo período ausentes mas nada se deteriorou.
Hoje a família cresce, agrega e está cada vez mais bela.

Espero sempre por nossos encontros frequentes,
Por nossos sorrisos, abraços e nossa troca de energia,
E mesmo quando há alguém de nós que está ausente,
Este, com certeza, se faz sempre presente, 
Porque cada um de vocês presentes ou ausentes,
É parte integrante dos meus mais preciosos momentos de alegria.
(Evaldo Mazer)

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Meu pai














Meu pai
Meu pai sempre foi um cara muito correto. Tive uma educação dura, porém irrepreensível... Entendi isso quando tive a idade que meu pai tinha quando eu era criança.
Meu pai era operário, serralheiro de profissão. E, dos bons.
Trabalhou mais 20 anos numa mesma empresa e, se aposentou nela com direito a festa e a presença de todos os funcionários, diretores, placa comemorativa, presentes, etc.
A empresa como um todo gostava muito dele, e acima de tudo, tinham muito respeito por um cara, que por 20 anos dedicou como poucos, cada gota do seu suor, para a empresa que, segundo ele próprio, lhe dava a oportunidade e garantia de manter a nossa família.
Consegue imaginar isso hoje?
Sr. Domingos, meu pai, tinha um jeito peculiar de nos manter sob seu controle:
Uma ripa de madeira fininha que ele guardava entre a armação de madeira do telhado de um barracão, que ainda existe no quintal da casa de minha mãe.
Bom, essa ripinha de madeira era o terror de nossas artes...
Ele nos ameaçava com ela toda vez que extrapolávamos, ou seja, sempre...
Foram incontáveis vezes que ele correu atrás de nós com ela em punho. E, outras incontáveis vezes que ele nunca nos pegou...
Hoje, pra mim, é claro que ele sempre correu atrás de nós com a intenção de não nos pegar e, sabedor disso hoje, o abraço muitas vezes antes de dormir por não ter sido necessário usar da força para nos educar. Usou de terrorismo, sim, mas nunca usou a ripinha. E olha que não faltaram motivos.
A maioria das vezes que ele nos aterrorizava (rsrs...) era por não obedecermos as inúmeras vezes que ele nos chamava para parar de brincar na rua e entrar em casa, tomar banho, e jantar...
Sempre jantávamos juntos.
Em uma delas, depois dos três assovios, que era o código, (se não entrássemos até o segundo, no terceiro a coisa fervia), ele se colocou no portão de casa com a, já famosa ripinha em mãos. Quando o vi e ouvi fui correndo para casa esperando um vacilo(?) dele para “furar” o bloqueio e me livrar da ripinha...
Assim foi feito.
Em seguida ele começou a correr atrás de mim.
Corri para o quarto e me escondi debaixo da penteadeira que ficava bem ao lado da porta. Quando ele entrou, sai correndo pela porta dando muita risada do drible que acabara de dar nele... (eu ainda me divertia na eminência de uma surra).
Depois corri para a casa da minha avó nos fundos do quintal e me tranquei no banheiro dela até meu pai se “acalmar” e, claro, sob a proteção de minha santa vózinha.
Um tempinho depois, fiz aquela cara de gato de botas do filme “Shrek”, sentei-me a mesa para jantar...
No fundo, meu pai devia se divertir com essas peripécias...
Por que escrevo isso sobre ele?
Saudades... Muitas saudades dele.
(Evaldo Mazer)

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Você pode achar que sou um sonhador


Nenhuma descrição de foto disponível.
Há tempos atrás, tempos mais puros e mais ingênuos,
escrevi o texto abaixo, inspirado numa música de John Lennon.
Mas, confesso que o tempo fez com que eu me decepciona-se um pouco,
vendo que as coisas que sempre sonhei não passavam (num primeiro momento) de um sonho...
Porém, para minha surpresa e alegria me vejo novamente empolgado,
e percebo quantas pessoas de bem compartilham ainda deste sonho...
E como diz Roberto Shinyashiki:
"Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado".
----------
"Você pode achar que sou um sonhador, mas eu não sou o único...".
Essa frase, assim como toda a letra da música, me acompanha desde que a descobri, no início dos anos 70, e está cada vez mais viva, cada vez mais presente, cada vez mais fazendo parte de mim.
Ela me levou a analisar, a pensar e a repensar em diversos fatores que me perturbavam.
Sobre ela eu me questionava e ao mesmo tempo me consolava.
E cheguei a conclusão:
É possível, eu sei que é....
Espero que vocês concordem comigo...
Talvez possa parecer difícil, até impossível, imaginar um mundo onde tudo aconteça de uma forma harmoniosa, porém, não é difícil tentar.
Pode parecer difícil imaginar um mundo sem fronteiras,
mas podemos derrubar as barreiras, as nossas próprias barreiras,
as barreiras que existem entre as pessoas.
Podemos derrubar a barreira do egoísmo,
do revanchismo,
do orgulho,
do querer ser mais,
do se achar superior,
do julgar e, principalmente,
do prejulgar.
Podemos derrubar pequenas barreiras como o mau humor, a impaciência, a intolerância e o pessimismo.
Acho que não é difícil tentar um sorriso.
Uma palavra de otimismo.
Um bom dia no elevador.
Um carinho no menos favorecido.
Um abraço no amigo e no irmão.
Nem sempre lembramos disso.
Imaginar um mundo sem crenças e religiões é praticamente impossível.
Porém, respeitar as diferenças,
respeitar as mais variadas opiniões e opções,
respeitar as diversidade de raças e crenças.
Respeitar a nossa própria verdade e, principalmente a verdade do outro.
Isso nós podemos imaginar...
E tentar.
Não acredito em céu ou inferno da maneira que nos é colocado.
Acredito no merecimento,
acredito no dar e receber,
no plantar e colher,
no respeitar e ser respeitado,
no amar e ser amado...
Acredito no céu que podemos construir.
Isso também podemos tentar.
Achamos terríveis as guerras pelo mundo,
e raramente lembramos das guerras que travamos diariamente conosco mesmo.
Não vamos nem falar das guerras que travamos com os outros que nos cercam.
Vamos tentar lembrar quantos sonhos já mutilamos,
quando explodimos as minas da nossa ansiedade e impaciência e,
quando não acreditamos na nossa capacidade.
Quantas úlceras e ferimentos adquirimos pelo corpo,
quando nos deixamos contaminar pela radioatividade de nossas mágoas,
ódios e ressentimentos.
Quantas marcas pelo nosso rosto, quando nós deixamos de acreditar que podíamos,
e por não acreditar não tentamos,
e por não tentar nos arrependemos,
e por nos arrepender nos auto flagelamos com uma ruga no nosso rosto ou pior,
com uma ferida no coração.
Podemos viver em paz sim, pelo menos conosco.
Não podemos exigir paz no mundo, sem antes aprendermos a nos perdoar,
a não guerrear conosco mesmo.
Enquanto não aprendermos a derrubar as nossas fronteiras,
lidar com as nossas crenças e as nossas verdades.
Não vamos poder sonhar com um céu,
se acharmos que vivemos num inferno e nos acostumarmos com essa ideia.
No fundo, todos nós somos sonhadores e não somos os únicos.
Com certeza somos a maioria, a grande maioria.
Apenas nos esquecemos disso,
esquecemos dos nossos sonhos.
Sonhamos com a paz mundial e esquecemos da nossa paz de espírito.
Sonhamos com um mundo mais justo e esquecemos de sermos justos conosco mesmo.
Sonhamos com um mundo mais humano e fraterno e esquecemos de nos amar.
Esquecemos de olhar no olho do menininho na esquina da rua e lhe enviar um sorriso.
Esquecemos de nos sorrir,
Esquecemos de nos auto elogiar e nos auto afirmar com palavras de carinho e de
incentivo.
Meu maior sonho hoje é poder acordar e lembrar dos meus sonhos,
e um desses sonhos é que cada um que compartilha o meu dia-a-dia,
as pessoas próximas e que me são muito caras,
possam nunca mais esquecer de seus sonhos e acreditar que podemos fazê-lo realidade.
(Evaldo Mazer)

Lembro do tempo












Um pouquinho de mim para vocês...

Lembro do tempo,
Que eu sentava na calçada,
E deitava no teu seio.
Viajava por estradas,
Onde o bonito e o feio,
O abstrato e o concreto,
O último e o primeiro,
O torto e o reto,
Não tinham nenhum significado
Perto do sentimento forte,
Que como um forte,
Me protegia.
Lembro do tempo,
Que tocar sua mão,
Era invadir toda a escuridão.
Desbravar todo o mar,
Onde o sim e o não,
O poder e o querer,
A razão e a emoção,
O ganhar e o perder
Navegavam juntos,
Por um túnel sem final nem começo,
Que existia no meu mundo,
Do lado esquerdo do meu peito.
Lembro do tempo,
Que o tempo não tinha tempo,
Que o tempo era imaginação,
E como magia ia e voltava.
Como o vento.
Como as estórias contadas,
Sem o receio das fadas.
Sem o medo por dentro.
(Evaldo Mazer)


quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Sobre o sentir


Como vocês todos já devem saber, sou um terapeuta, e como tal tenho contato diário com muitas pessoas, inclusive e principalmente hoje, comigo mesmo. 
Por que digo isso? 
Porque por muito tempo esse contato era bem restrito, quase nulo. 
O que quero dizer com isso? 
Que a maioria das pessoas vive uma relação bem distante da própria pessoa e não por vontade própria, mas muitas vezes, por não ter aprendido a ter esse contato consigo mesmo. 
Eu sou uma dessas pessoas.
Quis o universo há um tempo (e eu aceitei), que eu tomasse conhecimento deste infinito terapêutico e isso me proporcionou rever, repensar, reagir e, portanto, viver de forma diferente da qual estava vivendo até então. 
Quis que eu tomasse contato com o estar presente, com o me perceber como um todo e não só como um ser pensante. 
Temos um corpo físico e isso me levou a refletir e concluir que sentir deveria ser tão ou mais importante quanto pensar e, que minhas experiências deveriam sair do campo metal e partir para o patamar físico. 
Desta forma, comecei a tomar contato com meu corpo físico e, aí sim, tentar me sentir como um todo. 
Descobri que só o pensar não me colocava em ação. Havia a necessidade de sentir, e o sentir é que me daria a possibilidade de entrar em ação em direção ao objetivo. E, finalmente, tive a certeza que só entrando em ação alcançaria o êxtase da conquista, do crescimento, do ser um ser melhor...
Porém, tudo isso tem um preço. 
Junto desse contato com o corpo físico veio o contato com meus medos, inseguranças, preocupações e, a partir de então, tive a oportunidade de “conversar” mais com eles. Eles estavam ali e entendi que fugir deles seria como fugir de mim mesmo. 
Comecei a sentir que meus medos, inseguranças e preocupações eram sinais, e como sinais, deveriam estar querendo me mostrar algo. 
Pus-me a tentar notá-los. 
Por que tentar? 
Porque, tenham certeza que no começo não é tão simples notá-los. 
Escrever e falar aos outros sobre eles é bem mais simples. Dói bem menos. 
Porque, acreditem... Dói. 
Porém, o prêmio existe e é surpreendentemente gratificante.
Hoje a nossa convivência é pacífica, não menos trabalhosa, mas muito significativa e especialmente importante. 
Através desse contato tive a certeza do quanto nós somos grandes e importantes. Do quanto somos especiais dentro o progresso individual e universal. De quanto somos importantes na construção do nosso universo.
O medo? 
Bom, o medo me ensinou que eu não deveria ter medo. Não na proporção que me impedisse de ser melhor. Porém, boa parte dos meus medos vinham da cobrança exercida pelo meio, pelas pessoas e pelas crenças e paradigmas pré-existentes, que estavam e estão o tempo todo a exigir que eu fosse e seja sempre o melhor, não levando em consideração o ser em questão e o aprendizado inerente a isso, e que se faz necessário para o aprimoramento.
Esquecemos, e isso também deve ser levado em consideração, que para sermos melhores temos que treinar, e que para treinar temos que correr o risco de mostrar que antes de treinar não somos tão bons... 
Cria-se um paradoxo, não?
O meu grande diferencial neste período de transição foi ouvir e, principalmente, acreditar numa frase que me foi apresentada. 
Ela dizia o seguinte: 
“Você pode errar...”
Junto com essa frase vieram várias e importantes explicações, como: 
“Não há erros apenas acertos. E o que você chama de erro, pode se chamar de, por exemplo, aprendizado”
E eu acreditei nisso...
Comecei a ter a certeza de que para gan
har é preciso jogar, e que num jogo temos três possibilidades de resultado: 
Ganhar, empatar ou perder. 
E veja bem! Perder faz parte do jogo! Foi isso que aprendi. Perder faz parte do jogo. 
E tive a grande descoberta: 
Para eu ser melhor tenho que saber onde sou bom e, principalmente, onde posso melhorar. E, eu só vou saber onde posso melhorar se eu correr o risco de jogar... 
E, talvez, perder...
Hoje tenho a certeza que sou melhor, muito melhor do que já fui quando eu já me achava bom. E muito aquém do que posso ser antes de enfrentar meus próximos desafios sem o medo de perder, ou com a certeza de ganhar sempre, mesmo que esse ganhar venha disfarçado de derrota...

Tenham uma linda semana.


sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Sobre o dar e receber














Sempre tive dificuldades com o receber.
Fui ensinado desde pequeno, por cultura, por religião, etc., a fazer o bem, a ser bom, a presentear, a dar sempre o meu melhor. 
Até aí perfeito, nada de errado, inclusive é extremamente prazeroso. Porém, não me lembro de me ensinarem a receber.
Sempre tive dificuldade em receber até elogios. Parecia até que receber algo era pecado, que ganhar algo era constrangedor. Tanto, que receber algo gerava em mim a obrigação de retribuir. 
Claro que retribuir é importante, mas não como obrigação e sim como uma consequência do ato de dar. O tal do círculo virtuoso. A corrente do bem.
Vejo muito isso nas conversas com meus alunos, com meus clientes e amigos. 
Existe muita dificuldade em receber.
O tempo passou e fui aprendendo muitas coisas.
Ah! A maturidade, como ela poderia vir antes... Rsrs... Me polparia de muitos aborrecimentos...
Entre as tantas coisas que aprendi, uma delas se refere a este assunto: 
O dar e receber.
A lei diz: "dar e receber", "plantar e colher", "causa e efeito", etc. 
Partindo deste princípio, ninguém recebe sem dar, colhe sem plantar, sofre um efeito senão provoca uma causa. Correto?
Muitas vezes cheguei a me sentir culpado por ter tanta coisa boa acontecendo comigo. Me sentia na obrigação de fazer alguma coisa de bom para compensar, com medo do universo me tirar aquilo que estava recebendo.
Para mim é claro que devo sempre fazer o bem. Mas como já disse, nunca por obrigação, para pagar algo, ou compensar o que estou recebendo.
Explico por que:
Sobre a lei do dar e receber, é fácil interpretar que: "é dando que se recebe", é "plantando que se colhe", etc.
E, olha que interessante: ninguém planta arroz e colhe feijão, entendeu?
Desta forma, tudo o que estou recebendo eu já fiz por merecer. 
Olha que demais tudo isso!... Não há o porque me sentir culpado, me sentir constrangido ou ficar com medo de perder. Já é meu por merecimento.
Segundo a lei, o receber é o contraponto do dar, assim como o colher é o contraponto do plantar. Não há como ser diferente...
Aqui cabe uma ressalva importantíssima:
Recebo na mesma medida que dou, colho na mesma medida que planto.
Cabe a mim, tomar conta do que dou e do que planto.
Não há efeito sem causa e o ser inteligente que mora dentro de mim entendeu, que sou o único responsável pelo que recebo, pelo que planto e pelos efeitos que causo.
A qualidade do que recebo ou do que colho, vem na mesma proporção do que dou e do que planto...
Isso me traz uma certeza: se estou recebendo é meu.
Tenham um lindo dia, plantando flores e colhendo perfumes.

(Evaldo Mazer)

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Os pequenos grandes momentos

Vivo conversando com amigos, alunos e clientes a respeito de valorizarmos os "pequenos grandes" momentos de nossa vida... 
Vivo conversando sobre valorizar as coisas simples, bonitas e alegres que o universo nos oferece de graça, a todo momento.
Temos que nos acostumar a experimentar, a escolher, a darmos valor ao simples, ao belo, ao alegre... 

Para isso é importante estarmos presentes, no aqui e agora. 
Sempre temos escolhas a serem feitas. 
A pergunta é: 
O que estamos escolhendo? 
Acordo e vejo uma paisagem maravilhosa, um dia lindo, emoldurado por um céu azul fascinante, porém como não estou "presente" para admirar tudo isso, me irrito com uma garrafa pet jogada na calçada. 
Também não concordo com a garrafa jogada na calçada, mas o "estado de presença" me dá a possibilidade de escolher admirar o presente que a natureza me enviou e impregnar essa sensação em minhas células, ou focar na garrafa pet jogada na calçada e impregnar a sensação vinda desta outra escolha em minhas células. 
Todos já devem saber (ou deveriam), que atraímos o que emanamos, e se vivemos numa atmosfera que emana raiva, tristeza, mau-humor, medos, fatalmente atrairemos o mesmo... 
Não sou eu que estou dizendo! 
A ciência já prova isso. Nosso corpo vibra e essa vibração se espalha em forma de ondas e essas ondas atraem, por ressonância, ondas na mesma faixa de frequência.
E como as ondas vão e vem...
Pois é, somos os únicos responsáveis por nossas escolhas.
E lembre-se sempre disso:

Para cada escolha, uma consequência...
Ou várias...
(Evaldo Mazer)

Leveza

Me orientaram:
Preste atenção na natureza!
Desde então, tenho me aprimorado nessa arte.
Percebi que a natureza se expressa na leveza,
E que o peso, da alegria não faz parte.
Compreendi que a gentileza abre sorrisos,
E que sorrisos sinceros elevam a alma,
E, que para crescer são necessários riscos.
Sem jamais esquecer, que a natureza é calma...
Olho pra chuva caindo leve e mansa,
E compreendo a sua gentileza e intenção.
Parte de nós se recarrega de esperança,
A outra parte se inquieta com a razão.
Depende de como enxergamos as metas
E das expectativas que permitimos expressar.
Se estamos presente para enxergar as setas
E se a leveza, é quem de fato, nos acompanhar.
(Evaldo Mazer)

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Sobre evoluir

Uma das infinitas frases do autor Ruben Alves, e que hoje compartilho com vocês é:
"Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses."

E completo com Jung:
"Não há despertar de consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, chegando aos limites do absurdo para evitar enfrentar sua própria alma. Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim por tornar consciente da escuridão."

Vivemos num planeta de expiação. Alguém tem dúvidas disso?
Acredito não termos vindo a este mundo para vivermos a felicidade plena.
Essa etapa é para os planos superiores.
Já faz algum tempo que tive essa percepção, e a cada vez ou a cada situação difícil ou obstáculo que vivencio ou até que presencio, minha certeza se fortifica.
Mas, abaixo escreverei sobre o que para mim é felicidade.
Quanto ao aprendizado...
Na minha modesta opinião, viemos para aprendermos, exercitando através destes aprendizados o processo evolutivo ao qual nos destinamos (e até nos preparamos).
No estágio evolutivo ao qual nos encontramos, se faz necessário estarmos conscientes de nossas sombras, de nossos pontos a serem melhorados, porque só é possível mudar aquilo que temos consciência que deve e pode ser mudado e melhorado. E, convenhamos, é duro encararmos a nossa realidade, as nossas sombras. Porém, é extremamente necessário encará-las, sem a qual não teríamos como cumprir nosso principal propósito que é o propósito evolutivo.
Ter consciência é fundamental no processo de mudanças e de crescimento.
Ah! E sobre a felicidade?
Bom, para mim não há felicidade e sim momentos felizes.
Vivemos momentos de felicidade.
A cada etapa vencida, sentimos o prazer de mais um dever cumprido, de uma conquista alcançada, de uma tarefa realizada. 
A isso eu dou o nome de "momento feliz".
É como um atleta que se prepara para uma competição, ganha a prova, comemora, se emociona e...
Amanhã cedinho levanta para treinar para a próxima competição.
E, depois?
Depois, a exemplo deste mesmo atleta de ponta, identifico onde posso ser melhor, encaro meus erros, converso com minhas sombras e, amanhã bem cedinho, levanto, me preparo e começo o novo desafio, a busca pela próxima conquista e vou atrás dela até cumpri-la.
E, mais uma vez, me sentir feliz.
E os ciclos se repetem...
Quantos mais chances me dou para evoluir, quanto mais ciclos me proponho a cumprir, mais momentos felizes terei. 
(Evaldo Mazer)

domingo, 6 de outubro de 2019

Os objetivos

A minha atividade de terapeuta me proporciona diversas oportunidades de aprendizado.
O outro, o nosso próximo é uma fonte inesgotável de ensinamentos.
Muitos me perguntam a respeito de objetivos...
Quantas vezes nossos objetivos, ou aquilo que nos estimula e nos dá prazer, parecem que estão enroscados, não avançam, não fluem.
Isso ocorre, na maioria das vezes, porque há muitos véus impedindo a nossa visão.
Véus podem aparecer com um infinidade de nomes como: autossuficiência, arrogância, teimosia, negligência, subestimação, baixa autoestima, irresponsabilidade, preguiça, procrastinação, etc.
Por nos impedir de enxergar, por nos tirar do foco, por gerar incertezas, esses véus passam a nos transmitir muito medo.
Eliminar esses véus, limpar a visão, traz serenidade, confiança, fluidez.
Quando nos vemos diante de um obstáculo a tendência é recuar ou ignorá-lo, fingir que não o vemos. E, é muito fácil nessa hora, "mudarmos de rumo".
Mais tarde, percebemos que o obstáculo era simples se comparado com a confusão estabelecida resultante da escolha equivocada no momento que esse obstáculo apareceu.
Quando nos vemos diante de um obstáculo devemos nos perguntar:
Por que ele apareceu?
Qual a sua função no meu processo de crescimento?
Como ele pode me ajudar a conquistar meu objetivo?
Em contrapartida, existem infinitos sinais a nos direcionar e, por estarmos dispersos, sem foco, envolvidos e preocupados com os problemas acabamos, na maioria das vezes, não percebendo-os.
Para que possamos resolver um problema o primeiro passo é não enxergá-lo como um problema.
Dê outro nome, chame-o de solução, de oportunidade, de alavanca.
Olhe-o sobre outra ótica, senão corremos o risco de não enxergar a solução que se apresenta a um palmo do nosso nariz.
Lembro-me de um conto que me fez muito bem.
Ele mostra com clareza como funciona esse mecanismo. Como a falta de foco, não permite enxergar a infinidade de sinais que o universo envia constantemente.
Diz o conto, que um homem estava desesperado numa inundação e pedia desesperadamente para Deus salvá-lo. 
O desespero era tanto que ele não conseguiu ver uma grande boia se aproximando, e que poderia salvá-lo, passar ao seu lado.
Ele continuava desesperado e implorando a Deus para salvá-lo e também não percebeu um pequeno bote que se aproximou dele.
E, desta forma, no meio do desespero e dos constantes pedidos de ajuda a Deus, ele não percebeu um barco, uma escuna, um iate, e até um transatlântico passar ao seu lado e que poderiam ter sido usados para ele se salvar.
Acabou que ele morreu e inconformado, pediu uma audiência com Deus. 
Foi atendido.
Indignado foi logo questionando Deus:
Poxa Deus! Implorei por sua ajuda. Gritei, chorei, fiz de tudo para que me salvasse.
E Deus respondeu:
Eu ouvi! E atendi por várias vezes o seu pedido, porém no seu desespero, não conseguiu perceber a ajuda.
Sinto muito!
O foco é o objetivo e não o problema.
(Evaldo Mazer)


Planejar e realizar

Olá pessoa linda! É muito comum termos ideias, sonhos e nos planejarmos para realizá-los,   e também é muito comum que tudo fique no plano d...